4 razões para amar a Veggi.

O que você encontra só na Veggi?
Mais do que levar delícias veganas por toda parte, nosso objetivo aqui na Veggi é promover transformação.

Seguem 4 coisas que você só encontra por aqui.

Cuidado com quem nos constrói
Amamos muito os animais, mas também quem nos compõe. Todos os nossos veggies (a forma carinhosa que chamamos nossos colaboradores) são provocados a encontrar no nosso cantinho desenvolvimento profissional e também pessoal, com diálogos contínuos e uma profunda empatia acima de tudo. Como se já não bastasse, em 2021 geramos mais de 250mil reais em renda para nossos entregadores. Incrível, né?

Fomentamos pequenos negócios
Temos orgulho de levar comida gostosa feita por mãos de pessoas que estão no começo das suas jornadas, ajudando pequenos negócios a crescerem a adquirirem espaço no mercado. Só no ano que passou foram mais de 1 milhão de reais em receita os empreendedores que confiam na Veggi.

Somos inovadores
Temos o orgulho de ser a primeira plataforma de entrega de comidas 100% vegetal. Nós agregamos todas as opções veganas em um lugar só, trazendo praticidade e segurança para consumidores que buscam refeições de qualidade e livres de origem animal. #goveggi

A mudança que queremos ver no mundo
Os números não mentem: em 2021, poupamos mais de 50 milhões de litros de água e colaboramos com a redução da emissão de 210 toneladas de CO₂. Assim, levamos comida gostosa, de alta qualidade e justa para quem escolhe colaborar com a mudança do mundo através da alimentação.

Quer fazer parte da mudança?
Vem pra Veggi!

Veganismo: Por onde começar.

Início de ano é o momento oficial pra fazer transformações, mudar hábitos e irmos em busca da nossa melhor versão. Pra te ajudar nesse momento eu separei aqui algumas dicas que eu espero que possam facilitar quaisquer mudanças que você esteja buscando nesse ano.

1. Saiba o que te motiva

Talvez, você tenha lido que a alimentação à base de plantas tem inúmeros benefícios para a saúde, ou, quem sabe, você perceba que os animais também merecem respeito. É super importante ter ideia do que te motiva a fazer as suas escolhas para ter clareza do seu processo de mudança.

2. Veja documentários, leia artigos e se informe

Nos principais sistemas de streaming, você encontra documentários com dados bem interessantes sobre os benefícios do veganismo. Minhas dicas são “Cowspiracy: O Segredo da Sustentabilidade”, “The Game Changers” ( Dieta dos Gladiadores) e Seaspiracy. Todos disponíveis na Netflix.

3. Pesquise a versão vegana das suas receitas favoritas

Se você, hoje, é vegetariano e quer ser vegano, talvez tenha dificuldade em largar o queijo, ou talvez o seu ponto fraco seja mesmo a omelete. Uma boa ideia para facilitar o seu processo é pesquisar alternativas veganas para os seus pratos prediletos. Na internet tem uma imensidão de receitas e, com certeza, você vai encontrar uma que te agrade.

4. Pesquise os restaurantes perto de você

É sempre bom conhecer alternativas para quando a gente enjoa dos nossos próprios pratos. Por isso é importante se manter informado sobre os restaurantes próximos de você que possam te ajudar nessa jornada.

Saúde Mental importa

Porque é importante diminuir a culpa e auto cobrança.

Mudar é um processo constante. Mudamos de casa, trabalho, círculo de amigos. Nosso corpo muda e nossas percepções de vida também. Às vezes, passamos a vida inteira sem perceber determinadas realidades e, quando nos damos conta não, conseguimos mais  conviver com aquela visão antiga. Isso é um pouco o que acontece quando decidimos parar de consumir animais. 

A transformação pode vir depois de um documentário, por meio da conversa com um amigo ou, simplesmente, quando você faz a conexão de como aquele animal chegou ao seu prato. Não importa como isso aconteceu: é bem provável que tenha mexido com você e com as suas emoções.

  • Emoções sociais

Eu já falei um pouco sobre os desconfortos sociais que podem advir de mudanças de estilo de vida como o veganismo, mas é fato que muito muda quando repensamos nossos hábitos e partimos para ações práticas. Nesse momento, muitas pessoas não entendem nosso posicionamento e diminuem as nossas emoções. Essa falta de acolhimento pode vir da família ou amigos e nos levar ao isolamento e à solidão.

  • Sentimos muito

Muita empatia. Ela faz parte de nós. Sentimos tanto que mudamos nossas vidas e ressignificamos a nossa história por um bem maior. Somos tocados por uma realidade diferente do resto do mundo. Enquanto as grandes massas acreditam que sim, os animais são feitos para servir os humanos, nós percebemos o mundo de forma diferente. Sentimos empatia pelos animais, compreendemos os impactos que as produções causam na natureza e percebemos o bem-estar que uma alimentação vegetal causa em nossos corpos. São todas essas percepções, que não podem ser não vistas, que fazem com que nos sintamos sensíveis, frustrados e, às vezes, irritados.

  • Saúde mental importa

Entender que nossa saúde mental é essencial nesse processo. Ter uma boa alimentação, qualidade de sono, hobbies que te tragam prazer são alguns dos elementos que ajudam muito no bem-estar emocional. Outra atitude que colabora muito é a terapia. Nesse cenário, é de suma importância ter um ambiente de acolhimento como a terapia. Em um espaço terapêutico, com um profissional de psicologia, você tem liberdade para dar vazão às emoções, compreender as suas frustrações e desenvolver seus hábitos sem medo de julgamentos. 

A saúde mental importa e precisamos da atenção a isso. Com carinho, cuidado e autocompaixão

 

Ahh e lembrando que na 3ª sexta-feira do mês é dia de receber a sua Veggi News, com um panorama de tudo que rolou por aqui nos últimos 30 dias. Um compilado dos melhores conteúdos e novidades exclusivas da plataforma mais amada de Floripa.

 

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Veganismo e relações sociais

Quando fazemos mudanças no nosso estilo de vida é inevitável que muitos aspectos do nosso cotidiano se transformem. O veganismo é uma mudança ativa de pequenas ações do nosso dia a dia que buscam promover um benefício, seja aos animais, à saúde ou ao meio ambiente. 

Essa busca contínua por ser melhor nos leva a movimento nessa direção, além de inspirar muitos e deixar outros tantos em situação de desconforto. Para muitas pessoas de fora do movimento, o veganismo é ação que não gera impacto, já que animais existem para virar comida. Mas, quando estamos conectados a uma causa, buscamos falar sobre nossas vivências e é delicioso estar cercado de pessoas que nos acolhem e nos respeitam.

Mas o que fazer quando isso não acontece? Como lidar com comentários maldosos e situações constrangedoras relacionadas ao veganismo?

 

  • Conheça as suas motivações

Sem dúvidas, dependendo do meio em que você está inserido, o veganismo pode gerar muitas dúvidas e causar muito desconforto. Por essa razão, é super importante que você tenha clareza do seu porquê quando essas questões forem levantadas. Seja por questões éticas, climáticas ou de saúde. Tenha em mente suas razões e não dê margem para falsas interpretações.

 

  • Seja pontual e assertiva

Muitas vezes, estamos tão alinhados com os nossos propósitos que queremos falar sobre aquilo de forma visceral, dando dicas ou até buscando exemplos para que a pessoa entenda o motivo da nossa escolha. No entanto, é importante entender que em muitos casos as pessoas estão movidas apenas por uma curiosidade. Nesse caso, seja simples. Se perguntarem por que você parou de comer carne, responda: “Por questões éticas”. Simples assim. 

 

  • “Mas é só um pedacinho”

Em situações familiares, temos uma relação de afetividade com alguns pratos produzidos por alguma pessoa específica da família. O bolo de uma avó, a torta de uma tia. Nesses casos, é comum que as pessoas se sintam impelidas a te convencer a consumir aquilo que elas produziram. É importante lembrar que essas pessoas te amam e cozinharam por gostarem de você. Elas não estão querendo te dissuadir das suas escolhas, elas apenas gostariam que você apreciasse o afeto expresso naquela refeição. Nesse momento, é importante que você deixe claro que tem conhecimento desse amor, que aprecia aquela ação e que a valoriza para muito além de comer ou não aquele prato. Busque outras formas de nutrir essa relação, deixando sempre claro que suas mudanças são importantes para você. 

 

  • Mostre-se disposta

Seja para levar uma comida que todos possam comer ou para cozinhar algo coletivamente, são muitas as formas de interagir e mostrar que seu estilo de vida não é um impeditivo para que vocês possam continuar passando um tempo de qualidade juntos de forma agradável e feliz.

Por fim, vale lembrar que sua escolha é valiosa e importa muito — nunca se esqueça disso. As relações sociais se adaptam e, pouco a pouco, as pessoas passam a entender que esse é você agora.

Ah! E já está sabendo? A Veggi agora tem um jornalzinho mensal para te contar um pouquinho sobre todas as coisas que acontecem por trás do primeiro delivery de comida do Brasil: é o Veggi News. Acesse AQUI e assine para receber.

 

A linda relação entre saúde e alimentação à base de plantas

Nos últimos 80 anos, a nutrição virou um foco importante de estudos na medicina. Com certeza, se você procurar na sua memória, vai encontrar manchetes de revistas revelando os perigos das gorduras trans, ou vai lembrar de alguma reportagem que indicava peito de peru defumado como alternativa saudável para o café da manhã. 

Nutrição x Dieta

Se falarmos sobre a cultura da dieta, você já deve ter ouvido falar sobre alguma estratégia milagrosa que promete efeitos impressionantes em tempo recorde. Tinha dieta da sopa, da lua, da ração humana e todo mundo conhecia alguém que havia testado e perdido muito peso.

Nessa lógica, passamos por muitos momentos de instabilidade até chegarmos a uma sensação de não saber o que comer. Esse sentimento de estarmos perdidos é absolutamente natural. Vivemos em um ambiente de informações rápidas e dinâmicas: no mesmo momento, você vê um profissional falando bem da chia e, no minuto seguinte, outro fala que faz mal. Um defende o jejum e outro ataca… É um ciclo interminável. Por fim, ficamos confusos e perdidos sem saber em quem acreditar.

A grande questão é a nutrição ser, sim, uma área em constante transformação. São muitos os estudos e atualizações sendo construídos e há uma necessidade de adaptação constante. Mas, se não podemos falar de consensos, há outro tema aparecendo com consistência nos estudos científicos sobre as relações entre hábitos alimentares e estilo de vida: a alimentação à base de plantas.

O princípio de tudo

Pode-se dizer que quem deu o primeiro pontapé nessa direção foi o bioquímico T. Colin Campbell, autor de um dos estudos mais abrangentes sobre as relações entre estilos de vida e saúde, The China Study, que analisou as populações de regiões da China considerando seus diferentes hábitos alimentares.

 O estudo tinha como objetivo acompanhar as relações de longevidade de populações rurais que tinham uma alimentação rica em vegetais em comparação com as populações que migravam para as cidades e passavam a ter mais acesso a alimentos de origem animal e ultraprocessados. A conclusão apontava uma relação clara entre o consumo de ingredientes de origem vegetal com prevenção e reversão de doenças como diabetes, hipertensão, alguns tipos de câncer ou as conhecidas como doenças do estilo de vida.

De lá para cá, tivemos um crescente número de médicos e pesquisadores aprofundando seus conhecimentos nessa área e começando a trazer o tema para dentro dos consultórios. 

Alguns exemplos, como o Dr. Michael Greger, pesquisador e autor do livro “Comer para não morrer”, que traz uma série de estudos conectando alimentação e saúde. O livro é uma bíblia para aqueles que querem entender com profundidade sobre o tema. 

No Brasil, um dos grandes nomes da área é o Dr. Eric Slywitch, médico da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB) e autor do livro Alimentação sem carne: Um guia prático para montar a sua dieta vegetariana com saúde — que traz com clareza os primeiros passos para uma transição alimentar com saúde e bem-estar.

Quem escolhe reduzir ou parar de consumir os ingredientes de origem animal em prol da saúde tem ao seu lado estudos científicos e o aval de especialistas da área. Aprender um pouco mais sobre cozinha, assim como manter o olhar sobre outros aspectos da saúde, como sono e manejo do estresse, são atitudes que nos levam a um ganho enorme em qualidade de vida e saúde integral.

 

A saúde envolve muitos fatores do estilo de vida, mas é fato que comer mais vegetais facilita muito o caminho.

 

Hamburguer vegano

Mitos e verdades sobre parar de comer carne

De acordo com uma pesquisa do Ibope Inteligência (2018), 14% dos brasileiros se consideram vegetarianos. De lá pra cá, esse número deve ter aumentado, considerando que a oferta de produtos e restaurantes especializados em atender esse público ampliou. Com isso, o que cresce também são as suposições sobre o vegetarianismo. Mas qual delas são mitos — ou não?

 

Vegetarianos são mais saudáveis

Mito. A única coisa que vegetarianos têm em comum na sua dieta é a ausência de carne animal. Fora isso, cada pessoa vai se alimentar de acordo com a sua cultura, classe social ou como bem entender: seja adicionando diversas frutas e vegetais à rotina ou comendo ultraprocessados em todas as refeições.

 

Veganos e vegetarianos têm uma alimentação mais restrita

Mito. Por mais que as dietas veganas e vegetarianas sejam restritivas de uma lado, do outro é possível olhar para a ausência de proteína animal como uma oportunidade para experimentar novos alimentos! Muitas pessoas que passaram por essa transição contam que sua alimentação, na verdade, se tornou muito mais diversificada depois que a carne (e outros produtos de origem animal) foram retirados do prato. 

 

Vegetarianos têm deficiência de vitaminas ou proteínas

Mito. A vitamina B12 é o único nutriente que pode estar ausente na dieta vegetariana estrita e, por isso, pessoas veganas precisam suplementá-la. Todos os outros nutrientes e vitaminas são substituíveis. Inclusive, é possível que pessoas que comem carne, leite ou ovos também apresentem deficiência de B12, pois o organismo pode ter dificuldades de absorvê-lo.

Entretanto, o ideal é sempre fazer exames de rotina e, se estiver inseguro, buscar um profissional em nutrição especializado antes de fazer a transição para uma dieta vegetariana.

 

Crianças podem ser vegetarianas

Verdade. Podem até ser veganas, inclusive! O leite materno é o primeiro e único alimento que uma criança precisa nos primeiros meses de vida. Depois disso, como todos os nutrientes necessários são encontrados nas plantas (com exceção da B12, como mencionado acima), crianças podem crescer fortes e saudáveis sem consumir carne ou nada de origem animal. 

É interessante acompanhar mães com filhos veganos nas redes sociais para entender melhor essa realidade. O processo de socialização com outras crianças não-vegetarianas e confraternizações com comida é desafiador, mas não é impossível!

 

Vegetarianos comem mais agrotóxicos

Mito. Compartilhamos um texto mais completinho sobre esse assunto aqui.

 

Ser vegetariano/vegano é mais caro

Mito. No geral, vegetais, legumes, frutas e hortaliças são mais baratos do que a carne! Além disso, cozinhando em casa ou comendo em restaurantes populares, a alimentação continua mais barata. Mesmo ingredientes mais nobres, como tofu, cogumelo e castanha de caju, por exemplo, acabam sendo mais baratos do que muitas carnes e são completamente dispensáveis de uma alimentação vegetariana ou vegana.

 

Pessoas se tornam vegetarianas porque têm pena dos animais

Possivelmente, mas nem sempre! Em um texto aqui do blog chamado 5 motivos para não comer carne aprofundamos mais esse tema.

Diferentes questões podem motivar as pessoas a mudarem seus hábitos alimentares. Algumas farão isso em prol dos animais, mas o impacto da produção e consumo de carne no meio ambiente, por exemplo, costuma ser um ponto-chave que incentiva as pessoas a iniciarem a transição para o vegetarianismo.

 

É difícil ser vegetariano/vegano

Mito. No começo costuma ser mais difícil, sim, mas com o tempo vai ficando mais fácil. Você aprende a se planejar melhor, comendo em casa antes de sair ou levando um lanche na bolsa, por exemplo; passa a conhecer os restaurantes que têm opções sem carne; seu círculo social também se acostuma com seus novos hábitos e tudo flui de uma forma mais automática. 

 

Ser vegano e vegetariano é uma fase, pois está na moda

Mito. As realidades das pessoas, vegetarianas ou não, são múltiplas, bem diferentes entre si e muito difíceis de generalizar. Por isso, para alguns, o vegetarianismo pode ser temporário, mas isso não é uma regra: para muitos, é um compromisso para a vida.

Prato plant-based

5 dicas para fazer a transição alimentar para o vegetarianismo/veganismo

5 dicas para fazer a transição alimentar para o vegetarianismo/veganismo

De acordo com uma pesquisa do IBOPE Inteligência (2018), 14% dos brasileiros se consideram vegetarianos, ou seja, quase 30 milhões de pessoas já tomaram a decisão de parar de comer carne e outros produtos de origem animal. Mudanças podem ser difíceis, pois muitas vezes tiram as pessoas de suas zonas de conforto, por isso essa lista traz cinco dicas para tornar mais fácil a transição para uma alimentação vegana ou vegetariana.

  • Não tente apenas reproduzir as mesmas coisas que você comia antes

Produtos de origem animal estão presentes nas refeições da maioria dos brasileiros, desde o café da manhã até o jantar. Quando a transição para uma alimentação sem esses produtos começa, uma das principais dúvidas é como substituí-los, mas isso não é necessário.

O que pessoas vegetarianas e veganas aprendem ao longo do tempo é que escolher não comer animais não limita a alimentação, muito pelo contrário, a diversifica! É um processo, claro, pois é necessário desconstruir muitas ideias e mudar a perspectiva: é nesse momento que as coisas começam a ficar mais fáceis. Por exemplo, se o requeijão está presente no seu café da manhã, não é necessário comprar um requeijão vegano (que provavelmente é mais caro que o convencional), você pode testar algumas receitas de pastinhas vegetais, como o hummus ou uma pasta de semente de girassol.

Um bom primeiro passo é adicionar (ou manter) alimentos que são naturalmente vegetais, como o arroz e feijão. Frutas, raízes e hortaliças já deveriam estar presentes em uma alimentação saudável, assim, eliminar produtos de origem animal não fica tão complicado. Esse ponto nos leva à segunda dica.

  • Antes de tirar, adicione

Se você não tem uma alimentação diversificada ou se ela é baseada em alimentos ultraprocessados, a transição para uma dieta à base de plantas precisa ser adiada um pouco.

A alimentação é muito mais do que nutrientes, ela também é afeto, acolhimento e representa a história de um povo ou de uma família, mas seu principal papel é manter as pessoas vivas, por isso é necessário comer bem. Ultraprocessados, comidas gordurosas e cheias de conservantes precisam ser a exceção, não a regra.

Por isso, se você não come muitos vegetais, frutas e sementes, por exemplo, é importante que esses alimentos sejam adicionados antes de sair cortando produtos de origem animal. Aqui, o acompanhamento com um profissional é adequado também.

  • Aprenda a cozinhar

A terceira dica talvez seja a mais difícil. Estamos vivendo um momento histórico onde as pessoas têm pouquíssimo tempo disponível e, muitas vezes, esses momentos livres não são usados para preparar refeições.

Claro, os restaurantes, lanchonetes e cafeterias vegetarianos e veganos ajudam muito as pessoas que estão fazendo a transição para uma alimentação à base de plantas, mas cozinhar é importante também, pois não é possível fazer todas as refeições fora de casa, né?

Além disso, quando uma pessoa se torna vegetariana/vegana, as pessoas a sua volta também passam por um processo de mudança. Algumas demoram um (longo) tempo para aceitar, como é o caso da família. Por exemplo, você passou a vida inteira comendo o frango à parmegiana de sua mãe e, de repente, escolhe não comer mais. Nesses momentos, preparar um prato para aquela pessoa que cozinhava para você pode ser um símbolo de afeto.

  • Encontre um propósito

Falando em afeto, uma comida pode representar muita mais do que aquilo que está materializado no prato. Os aromas, as histórias e as pessoas por trás daquela refeição com produtos de origem animal tornam muito mais difícil dizer não para ele.

  Algumas pessoas decidem parar de comer animais por questões de saúde, outras porque conhecem os enormes impactos ambientais que esse tipo de indústria causa e tem aqueles que param pois acreditam que os animais não devem ser explorados. Independente do motivo, mantê-lo em mente facilita o processo de transição.

  • Compartilhe o seu processo

O número de pessoas veganas e vegetarianas está crescendo e está cada vez mais fácil encontrá-las por aí para trocar receitas, compartilhar polêmicas, discutir questões éticas, comentar sobre um documentário e indicar outro. Tire fotos, escreva, publique, ligue ou mande uma mensagem para alguém que compartilha das mesmas experiências você. Mudanças podem ser difíceis, mas ninguém precisa passar por elas sozinhas.

Produtos veganos na prateleira

A diferença entre produtos veganos e à base de plantas

A diferença entre produtos veganos e à base de plantas

 

Nos últimos anos, a quantidade de produtos voltados para o público vegano vem crescendo muito e é fácil perceber isso com uma rápida ida ao mercado. Os produtos veganos que começaram nos gêneros alimentícios, hoje estão presentes na seção de limpeza e até nas prateleiras com produtos convencionalmente de origem animal, como laticínios.

Para alguns isso é uma conquista que precisa ser comemorada e promovida, mas para pessoas que lutam pela libertação animal é muito perigoso rotular certos produtos como “veganos”. Você sabe por quê?

Uma vez que uma empresa lança um produto que não tem nada de origem animal em sua fórmula, ela está dizendo que aquele produto é apto para pessoas veganas. Entretanto, como dito em uma outra publicação aqui do blog, o veganismo não é um movimento de consumo, desse modo, pessoas veganas são contra a cooptação do movimento quando o mesmo é transformado em um nicho de mercado.

A ponto-chave é: se uma empresa se beneficia economicamente da exploração animal através de seus produtos, ela não pode chamar os produtos à base de plantas de seu catálogo de “vegano”, pois a empresa em si não se relacionada com a causa animal em nenhum outro nível que não seja o mercadológico.

Um exemplo prático é o novo sorvete Magnum. O Magnum é um picolé da Kibon que, por sua vez, pertence a Unilever, uma corporação que é dona de diversas outras marcas. Recentemente, foi lançado o Magnum Vegano feito com amêndoas e chocolate sem leite.

O argumento mais apresentado pelas pessoas quando uma empresa lança uma opção vegana no seu catálogo é que o público pode passar a comprar esses produtos e parar de financiar a indústria que explora os animais. Isso até poderia acontecer se o objetivo da empresa, nesse caso da Unilever, fosse fazer uma transição completa da sua linha para produtos à base de plantas, mas o lançamento do Magnum Vegano é apenas um interesse de mercado: vender para um público que eles não atingiam com os sorvetes à base de leite.

Esse não foi o caso com o Sorvete Mondo, uma marca que já nasceu vegana e foi criada por duas sócias também veganas. O catálogo que começou com um sorvete muito parecido com o Magnum, hoje é mais diversificado e nenhum produto leva ingredientes de origem animal.

A partir desses exemplos, o que as pessoas que lutam pela libertação animal reivindicam é o uso da palavra “vegano”. Muitas, inclusive, dizem que vegano é um termo destinado apenas a pessoas e a terminologia usada para se referir a mercadorias deveria ser “à base de plantas”, especialmente nesses casos onde o produto dito vegano é de uma empresa que decidiu lançar uma versão sem ingredientes de origem animal, mas se beneficia da exploração deles através de seus outros produtos.

Por fim, é possível ver que o movimento vegano tem muito trabalho pela frente, especialmente porque além de vegetarianos, ovolactovegetarianos e veganos, tem muita gente se denominando flexitarianos e são o público-alvo perfeito para os produtos “veganos” de empresa não-veganas.

 

Prato vegan

Explicando o veganismo e a importância de construir um movimento para todos

No Brasil, chamamos de vegetariana uma pessoa que escolheu não comer nenhum tipo de carne, seja gado, porco, galinha, peixes e outros animais marinhos. Já uma pessoa vegana não consome nenhum produto de origem animal ou que use os animais em testes, mas — e essa é a parte mais importante — ela também tem um papel ético que consiste em lutar para que a sociedade pare de associar os animais a recursos que podem ser transformados em produtos.

É possível mencionar uma terceira classificação: a dieta ou os produtos à base de plantas (do inglês, plant-based) que diz respeito a pessoas, produtos ou marcas que não utilizam nada de origem animal, mas se ausentam da responsabilidade de lutar pela libertação animal da cadeia produtiva.

Existem muitos motivos para uma pessoa (ou uma marca) começar a transição para uma vida sem produtos de origem de animal. A destruição do meio ambiente é uma das principais, uma vez que a produção em larga escala de carne bovina desmata, ocupa muito espaço, torna o solo improdutivo e ainda demanda uma outra grande parcela de terra para plantar soja e milho transgênicos que vão alimentar o gado.

Quando estamos falando sobre veganismo, a essa questão também é adicionada a preocupação com a vida do animal. Os transgênicos, por exemplo, são alimentos geneticamente modificados para se adaptarem à demanda do mercado (melhor em menos tempo) e são tão recentes na história da humanidade que ainda não é possível saber seus efeitos na saúde à longo prazo: esses alimentos são a base da dieta dos bilhões de animais que são criados para o abate no mundo todo — e acabam sendo consumidos pelos seres humanos também. Além disso, as condições em que vacas, bois, galinhas e porcos, por exemplo, são criados também são questões cruciais para o veganismo: da mesma forma que a sociedade cobra por direitos humanos, os veganos também lutam pelos direitos dos animais, pois para eles não há uma hierarquia.

Em suma, o veganismo visa a libertação animal, isto é, para pessoas veganas, o principal motivo para aderirem ao movimento é ser contra a exploração deles pelo mercado. O veganismo é uma questão política e social que passa, sim, pelo consumo, mas vai para além dele. Dessa maneira, fica mais fácil de entender porque tantas pessoas tem falado sobre veganismo popular: um movimento que fala com mais pessoas e é acessível a todas e todos tem muito mais chance de triunfar em seus objetivos.

Quando resumido a uma tendência, uma ação limitada ao consumo, o veganismo se torna inacessível, pois acaba-se determinando que apenas pessoas com poder de compra terão acesso à ele. No Brasil, então, ele ficaria limitado às classes média e alta, majoritariamente branca, que, inclusive, sempre mantiveram a carne animal como um produto de status social que só recentemente (e não completamente) começou a chegar na mesa das classes mais baixas. Apenas um movimento de libertação animal popular tem a capacidade de fazer esse debate numa sociedade tão desigual quanto a brasileira.

Assim, para construir movimento vegano para todas e todos é importante apoiar pessoas e pequenos negócios que já começaram a fazer a sua parte. A informação tem um papel muito importante para mudar paradigmas e hoje existem diversas plataformas com o poder de potencializar vozes independentes. Respeito, acessibilidade e promoção de pequenas ações parecem um bom lugar para começar.

Confira abaixo algumas iniciativas que estão plantando sementinhas e que precisam de dispersores de sementes. 😉

 

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